Hoje eu vou falar sobre bitcoin e blockchain.
Pelo que entendi, a blockchain é um arquivo que contém todas as transações que já ocorreram na história do Bitcoin. Todos os computadores que fazem parte da rede possuem uma cópia integral desse arquivo.
Quando uma pessoa deseja realizar uma transação em BTC, a rede propõe um problema matemático a todos os nós que a constituem. Aquele computador que consegue resolvê-lo com mais rapidez ganha o direito de inserir uma nova linha neste arquivo histórico associada a esta nova transação -- em troca, recebe uns milésimos ou centésimos de bitcoin, que é a sua motivação para continuar fornecendo a potência computacional necessária pra manter o sistema girando.
Uma vez que a transação foi executada, todos os outros computadores da rede são atualizados com este novo arquivo. Quando pelo menos 50% deles são atualizados com essa nova transação, a operação é homologada e materializada.
Trata-se de um mecanismo extremamente poderoso, descentralizado. Veja que não existe um servidor único que agrupa toda a lógica, todas as informações. Mas sim uma rede na qual todos nós, pobres coitados de carne e osso, podemos participar, mesmo com um computadorzinho furreba.
A blockchain é uma das maiores invenções da história da humanidade e aparece num momento em que quase todos os governos do mundo obram no sentido de restringir a liberdade dos seus cidadãos, monitorando cada pequeno detalhe de suas vidas, de suas transações comerciais.
Isso me faz pensar na profecia de São João, o apóstolo amado, acerca do final dos tempos, quando dizia que neste período da história, quem não tivesse a marca da besta não poderia “nem comprar nem vender”.
Ora, se em algum momento da história as pessoas só vão poder comprar e vender se tiverem a tal da marca da besta, é porque de antemão um sistema de controle capaz de monitorar cada meandro da sua vida já terá sido estabelecido.
Portanto, é exatamente no crepúsculo da possibilidade de comprar e vender com liberdade que uma solução miraculosa chamada blockchain aparece.
No Apocalipse, também está escrito que nem todos terão a marca mefistofélica. Ora, se nem todos a ostentarão, quer dizer que alguns afortunados ainda terão a capacidade de transacionar com certa liberdade -- supostamnte um pequeno grupo discreto e relativamente marginal. Conjecturo aqui que isto se dê por intermédio da blockchain. Portanto, você que ainda não tem Bitcoin…
Caso você até aqui ainda esteja perdido e ainda não estiver entendendo bulhufa sobre o assunto, assista aos vídeos de Renato Três Oitão, fazendo abstração do seu jeito meio tresloucado de baiano viril caçador de pica frouxa -- Renato é um indivíduo extremamente inteligente, que diz coisas mortalmente sérias. (Renato também faz parte de grandes sociedades de gênios do mundo, o que pode parecer paradoxal com a sua aura fatal).
Ele tem um curso de 300 reais chamado “Bitcoin em Auto-Custódia”.
Ouçam a mensagem deste homem e tomem o conteúdo dela como um aviso divino.
O pior está chegando e você precisa estar preparado.
Lembre-se que na Bíblia, antes de destruir Sodoma e Gomorra, Deus avisou Ló; antes de destruir o mundo no dilúvio, Deus avisou Noé para que ele se preparasse. E hoje, senhores, Renato Três Oitão, assim como outros profetas que emergem por todo o mundo, empreendem uma epopéia proselitista com o objetivo de ensinar as pessoas a operar Bitcoin em auto-custódia, transacionando fora do legacy, de modo a viver de maneira coerente ao seu direito natural de homem.
Sejamos prudentes, pois vivemos em tempos maus.
domingo, 14 de dezembro de 2025
quinta-feira, 11 de dezembro de 2025
O perfeccionismo é uma forma sofisticada de orgulho
Pessoal, olha só: muitas pessoas já sabem há muito tempo aquilo que devem fazer para aprimorar a sua vida, para elevar o nível de suas almas, até mesmo sua situação econômica, mas não o fazem porque são demasiadamente perfeccionistas.
No entanto, enquanto você não se livrar disto (trata-se de uma coisa que fica dentro de você), mesmo quando pensar que as condições necessárias para o sucesso do seu empreendimento estão presentes, ele não se materializará, pois a efetividade e a altura à qual você vai conseguir se elevar depende substancialmente de um único ponto importante: do quanto você é capaz de humilhar a si mesmo.
O Senhor Jesus Cristo disse que aquele que se humilhar será exaltado; aquele que a si mesmo se exaltar será humilhado.
Na última crônica recomendei que algumas pessoas iniciassem a leitura dos clássicos da grande literatura. Mas sabe por que muitos nunca o farão? Porque dizem: “Eu não entendo nada”. Eu não aguento! A ignorância, o tédio… mas trata-se do preço que deve ser pago para que você domine esta nova arte, que tem um preço de entrada: é necessário se expor, sentir um pouquinho de dor.
Imagine que você acabou de entrar para a academia. Pode ser que esteja gigantescamente gordo ou ridiculamente magro, que diga para si mesmo: “Não vou fazer o exercício do supino, porque só consigo levantar 5 kg”. Pois faça com 5 kg mesmo, abstraindo o fato de que o conjunto de bodybuilders e gostosas acharão isso ridículo… a atitude corajosa de fazer esse exercício terá sido muito mais importante para o seu sucesso do que os supinos que você fizer levantando 50 kg, quando já for um monstro: é a disposição de se humilhar que faz milagres.
Faça, cala a boca e confie. Antes de ressuscitar, morra em primeiro lugar.
Quando eu ainda era um estudante de Engenharia Mecânica, na Faculdade de Ilha Solteira, nós éramos obrigados a dominar conceitos extremamente complexos. Me recordo, por exemplo, que durante uma aula de álgebra linear, em algum momento a coisa ficou meio constrangedora, pois eu fazia todas as perguntas ali. Era como se todos estivessem entendendo tudo perfeitamente, que eu fosse o único aluno a não conseguir ligar lé com cré: começaram inclusive a ficar bravos comigo por causa da série infindável de indagações.
Parênteses: acredito que álgebra linear, cálculo diferencial e integral etc. deviam vir depois das específicas ou ao mesmo tempo, porque, quando você não compreende as aplicações reais desses instrumentos matemáticos, fica complicado apreendê-los. Fecha parênteses.
Depois da aula, perguntei aos meus colegas se eles estavam conseguindo dominar o conteúdo, e o que me disseram foi surpreendente: eles também não tinham entendido porra nenhuma. Só não perguntavam para o professor porque o medo de parecer ridículo, de parecer louco, era muito maior do que o desejo de aprender.
A estrutura ontológica do verdadeiro eu
Então olha só: não se apegue à sua imagem, tal como ela é, no instante presente. Durante a sua vida você vai colecionar uma série delas, mas nenhuma corresponde especificamente a quem você é de fato. Essa representação — quem você é — só estará limpidamente clara no dia da sua morte, quando, como ensinava o professor Olavo de Carvalho, você tiver a posse de todos os seus momentos ao mesmo tempo, de modo a tomar consciência da forma que eles possuem quando estão combinados: é apenas nesse instante que ficará evidente o quão bonito ou feio você é de fato.
As criaturas do inferno terão uma aparência monstruosa porque o seu corpo será uma imagem da alma esculpida pelos indivíduos que tiverem ido pra lá, por mais lindas que elas possam ter sido durante a vida. Mesma lógica aplicando-se àquelas que forem para o céu, mas no sentido inverso.
No entanto, enquanto você não se livrar disto (trata-se de uma coisa que fica dentro de você), mesmo quando pensar que as condições necessárias para o sucesso do seu empreendimento estão presentes, ele não se materializará, pois a efetividade e a altura à qual você vai conseguir se elevar depende substancialmente de um único ponto importante: do quanto você é capaz de humilhar a si mesmo.
O Senhor Jesus Cristo disse que aquele que se humilhar será exaltado; aquele que a si mesmo se exaltar será humilhado.
Na última crônica recomendei que algumas pessoas iniciassem a leitura dos clássicos da grande literatura. Mas sabe por que muitos nunca o farão? Porque dizem: “Eu não entendo nada”. Eu não aguento! A ignorância, o tédio… mas trata-se do preço que deve ser pago para que você domine esta nova arte, que tem um preço de entrada: é necessário se expor, sentir um pouquinho de dor.
Imagine que você acabou de entrar para a academia. Pode ser que esteja gigantescamente gordo ou ridiculamente magro, que diga para si mesmo: “Não vou fazer o exercício do supino, porque só consigo levantar 5 kg”. Pois faça com 5 kg mesmo, abstraindo o fato de que o conjunto de bodybuilders e gostosas acharão isso ridículo… a atitude corajosa de fazer esse exercício terá sido muito mais importante para o seu sucesso do que os supinos que você fizer levantando 50 kg, quando já for um monstro: é a disposição de se humilhar que faz milagres.
Faça, cala a boca e confie. Antes de ressuscitar, morra em primeiro lugar.
Quando eu ainda era um estudante de Engenharia Mecânica, na Faculdade de Ilha Solteira, nós éramos obrigados a dominar conceitos extremamente complexos. Me recordo, por exemplo, que durante uma aula de álgebra linear, em algum momento a coisa ficou meio constrangedora, pois eu fazia todas as perguntas ali. Era como se todos estivessem entendendo tudo perfeitamente, que eu fosse o único aluno a não conseguir ligar lé com cré: começaram inclusive a ficar bravos comigo por causa da série infindável de indagações.
Parênteses: acredito que álgebra linear, cálculo diferencial e integral etc. deviam vir depois das específicas ou ao mesmo tempo, porque, quando você não compreende as aplicações reais desses instrumentos matemáticos, fica complicado apreendê-los. Fecha parênteses.
Depois da aula, perguntei aos meus colegas se eles estavam conseguindo dominar o conteúdo, e o que me disseram foi surpreendente: eles também não tinham entendido porra nenhuma. Só não perguntavam para o professor porque o medo de parecer ridículo, de parecer louco, era muito maior do que o desejo de aprender.
A estrutura ontológica do verdadeiro eu
Então olha só: não se apegue à sua imagem, tal como ela é, no instante presente. Durante a sua vida você vai colecionar uma série delas, mas nenhuma corresponde especificamente a quem você é de fato. Essa representação — quem você é — só estará limpidamente clara no dia da sua morte, quando, como ensinava o professor Olavo de Carvalho, você tiver a posse de todos os seus momentos ao mesmo tempo, de modo a tomar consciência da forma que eles possuem quando estão combinados: é apenas nesse instante que ficará evidente o quão bonito ou feio você é de fato.
As criaturas do inferno terão uma aparência monstruosa porque o seu corpo será uma imagem da alma esculpida pelos indivíduos que tiverem ido pra lá, por mais lindas que elas possam ter sido durante a vida. Mesma lógica aplicando-se àquelas que forem para o céu, mas no sentido inverso.
quinta-feira, 4 de dezembro de 2025
A reconquista do Real: como sair da alienação digital e sensorial da modernidade
O indivíduo na modernidade encontra-se cada vez mais alienado da realidade concreta. As ferramentas que lhe são oferecidas para fugir do real são hoje extremamente poderosas e refinadas.
Entre elas destaca-se o design viciante do scroll infinito das redes sociais, que mantém o cérebro em estado permanente de excitação superficial e dá a ilusão de pertencimento. Temos também os videojogos, cada vez mais imersivos, que sequestram crianças e adolescentes desde tenra idade e os instalam em mundos paralelos onde o real parece pálido e sem graça. Há ainda a música contemporânea -- especialmente aquelas faixas de 3 ou 4 minutos perfeitamente calculadas para gerar emoções totalizantes. Quem ouve sertanejo, funk, trap ou gospel o dia inteiro acaba por não suportar mais o silêncio; qualquer experiência fora daquele casulo sonoro torna-se insuportável. Outros reagem ao vazio com comida compulsiva, banhos intermináveis, drogas ou qualquer estímulo que preencha o menor espaço de ausência.
Os mecanismos de fuga são infinitos e profundos.
Mas é possível reverter esse processo. Existem antídotos -- remédios antigos, hábitos quase esquecidos -- que têm o poder de reinstalar progressivamente o indivíduo no Real. Uma vez adquiridos, o silêncio deixa de ser um inimigo e passa a ser um dos maiores prazeres da existência.
Comece pela alta cultura literária: leia os grandes romances, aqueles que exigem atenção sustentada e mergulho profundo. Assista ao grande cinema -- não às séries rápidas da Netflix, mas a Fellini, Bergman, Tarkovski, Wenders, os mestres que filmavam o tempo, o rosto humano, o mistério da existência. Desenvolva alguma habilidade artística: pintura, desenho, um instrumento musical, escrita. Esses exercícios não são luxo, são treinamento de alma.
É exatamente como o paladar. A criança rejeita quase tudo que é novo ou complexo; o adulto que cultivou o gosto consegue descrever um vinho com trinta ou quarenta matizes diferentes. O mesmo acontece com a percepção da realidade: esses hábitos tradicionais vão, aos poucos, afiando os seus sensores. Você começa a notar perfumes que antes passavam despercebidos, texturas, diferenças sutis de luz e cor, o peso do ar, o som real das coisas.
Não se trata de forçar atenção mística aos detalhes. Trata-se de construir instrumentos internos -- lentes, antenas -- que só se formam com tempo e dedicação às artes antigas. Quando esses instrumentos estão prontos, o mundo real revela-se infinitamente mais rico do que qualquer feed, qualquer jogo, qualquer playlist.
O silêncio, então, deixa de ser vazio. Torna-se pleno. E você finalmente volta para casa.
Os mecanismos de fuga são infinitos e profundos.
Mas é possível reverter esse processo. Existem antídotos -- remédios antigos, hábitos quase esquecidos -- que têm o poder de reinstalar progressivamente o indivíduo no Real. Uma vez adquiridos, o silêncio deixa de ser um inimigo e passa a ser um dos maiores prazeres da existência.
Comece pela alta cultura literária: leia os grandes romances, aqueles que exigem atenção sustentada e mergulho profundo. Assista ao grande cinema -- não às séries rápidas da Netflix, mas a Fellini, Bergman, Tarkovski, Wenders, os mestres que filmavam o tempo, o rosto humano, o mistério da existência. Desenvolva alguma habilidade artística: pintura, desenho, um instrumento musical, escrita. Esses exercícios não são luxo, são treinamento de alma.
É exatamente como o paladar. A criança rejeita quase tudo que é novo ou complexo; o adulto que cultivou o gosto consegue descrever um vinho com trinta ou quarenta matizes diferentes. O mesmo acontece com a percepção da realidade: esses hábitos tradicionais vão, aos poucos, afiando os seus sensores. Você começa a notar perfumes que antes passavam despercebidos, texturas, diferenças sutis de luz e cor, o peso do ar, o som real das coisas.
Não se trata de forçar atenção mística aos detalhes. Trata-se de construir instrumentos internos -- lentes, antenas -- que só se formam com tempo e dedicação às artes antigas. Quando esses instrumentos estão prontos, o mundo real revela-se infinitamente mais rico do que qualquer feed, qualquer jogo, qualquer playlist.
O silêncio, então, deixa de ser vazio. Torna-se pleno. E você finalmente volta para casa.
quarta-feira, 3 de dezembro de 2025
Shudras destroem brâmanes: a lei que ninguém quer aceitar
Este texto é uma exortação forte: afaste-se o quanto antes de pessoas que têm um chamado, um propósito de vida muito diferente e especialmente inferior ao seu.
Se você insistir em ser “bonzinho” e mantiver tais indivíduos por perto, elas vão funcionar como verdadeiros buracos negros que, pouco a pouco, vão sugar e destruir tudo o que você ama, tudo o que você construiu e, em última instância, quem você é.
Escute o que eu estou te falando.
Existe uma distinção antiga entre os diferentes tipos humanos, uma distinção que não tem nada a ver com classe social ou dinheiro no banco. Pode haver rico shudra e pobre brâmane, isso não importa. É uma tipologia espiritual, uma diferença de vocação profunda. E via de regra essas castas não foram feitas para se misturar. A estabilidade de qualquer sociedade tradicional sempre dependeu do respeito a essa regra.
Essa distinção aparece em quase todas as culturas tradicionais, mas foi praticamente apagada na modernidade, especialmente depois da Revolução Francesa.
Vamos aos quatro níveis clássicos (de baixo para cima):
Se você insistir em ficar no meio deles, você será odiado, sua vida será sabotada, as coisas que você ama serão destruídas e, no fim, você mesmo vai ser destruído.
Jesus disse que os cristãos são “o sal da terra” e “a luz do mundo”. Sal e luz não se misturam com a massa, eles a transformam ou se afastam. O sol brilha para todos, mas ninguém chega perto dele: ele é inatingível.
Lembra da história de Sodoma e Gomorra? Deus manda anjos salvar a família de Ló. Quando os homens da cidade veem os anjos (criaturas sublimes, de uma beleza inefável), o que eles querem fazer? Querem transar com eles. Violentá-los, profaná-los, destruí-los. É a reação automática do nível inferior diante do superior que se aproxima demais. A Bíblia coloca essa história ali exatamente para mostrar o que acontece quando seres de camadas espirituais muito diferentes se misturam: o inferior tenta aviltar e destruir o superior.
Dante, na Divina Comédia, leva isso ao extremo: o inferno, o purgatório e o paraíso são divididos em círculos. Quem está num círculo inferior não tem acesso aos círculos superiores. Já quem está num círculo superior transcende e abarca o inferior, conseguindo inclusive compreender e até ter compaixão pelos de baixo -- mas nunca o contrário. A alma beata que chega ao sétimo céu não desce para morar com o amaldiçoado do nono círculo.
Portanto, a regra é simples e dura: se você tem um chamado superior, não se misture com quem tem um chamado inferior.
Não é arrogância. É sobrevivência espiritual.
Proteja sua luz. Proteja seu chamado. Afaste-se antes que seja tarde.
Escute o que eu estou te falando.
Existe uma distinção antiga entre os diferentes tipos humanos, uma distinção que não tem nada a ver com classe social ou dinheiro no banco. Pode haver rico shudra e pobre brâmane, isso não importa. É uma tipologia espiritual, uma diferença de vocação profunda. E via de regra essas castas não foram feitas para se misturar. A estabilidade de qualquer sociedade tradicional sempre dependeu do respeito a essa regra.
Essa distinção aparece em quase todas as culturas tradicionais, mas foi praticamente apagada na modernidade, especialmente depois da Revolução Francesa.
Vamos aos quatro níveis clássicos (de baixo para cima):
- Shudra
Objetivo primário: gozo dos prazeres da carne. Comer bem, beber, fazer sexo, curtir a vida, ficar no celular, ostentar. É o nível mais básico, o mais comum hoje. - Vaishya
O equivalente ao burguês. Tem competências um pouco acima da média, capacidade de coordenação e abstração. O objetivo principal é enriquecer, acumular, negociar. Comerciantes, empresários médios, a classe dos “fazedores de dinheiro”. - Kshatriya
A casta guerreira/aristocrática. Seu objetivo é lutar pela justiça, proteger os outros, sacrificar-se se necessário, com a força inclusive. Políticos honestos (os raros), militares de alto escalão, líderes que colocam o peito na frente. - Brâmane
O nível mais alto. O sábio, o sacerdote, o contemplativo. A motivação primária é entender o funcionamento profundo do mundo e ensinar. Não busca poder nem dinheiro -- busca verdade.
Se você insistir em ficar no meio deles, você será odiado, sua vida será sabotada, as coisas que você ama serão destruídas e, no fim, você mesmo vai ser destruído.
Jesus disse que os cristãos são “o sal da terra” e “a luz do mundo”. Sal e luz não se misturam com a massa, eles a transformam ou se afastam. O sol brilha para todos, mas ninguém chega perto dele: ele é inatingível.
Lembra da história de Sodoma e Gomorra? Deus manda anjos salvar a família de Ló. Quando os homens da cidade veem os anjos (criaturas sublimes, de uma beleza inefável), o que eles querem fazer? Querem transar com eles. Violentá-los, profaná-los, destruí-los. É a reação automática do nível inferior diante do superior que se aproxima demais. A Bíblia coloca essa história ali exatamente para mostrar o que acontece quando seres de camadas espirituais muito diferentes se misturam: o inferior tenta aviltar e destruir o superior.
Dante, na Divina Comédia, leva isso ao extremo: o inferno, o purgatório e o paraíso são divididos em círculos. Quem está num círculo inferior não tem acesso aos círculos superiores. Já quem está num círculo superior transcende e abarca o inferior, conseguindo inclusive compreender e até ter compaixão pelos de baixo -- mas nunca o contrário. A alma beata que chega ao sétimo céu não desce para morar com o amaldiçoado do nono círculo.
Portanto, a regra é simples e dura: se você tem um chamado superior, não se misture com quem tem um chamado inferior.
Não é arrogância. É sobrevivência espiritual.
Proteja sua luz. Proteja seu chamado. Afaste-se antes que seja tarde.
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